São poucas as pessoas que conhecem meu lado meigo, sensível, estou sempre com uma armadura que impede que eu me machuque e que me faz parecer durona. Sempre tive que ser o elo forte da minha família, uma família conturbada e cheia de problemas. Minhas irmãs e minha mãe sempre se apoiavam em mim um pouco antes da queda. Então eu sempre tinha que demonstrar pra elas meu semblante mais confiável, mais forte e seguro possível. Logo eu, que sou caçula de duas irmãs e um irmão. Eu que por incrível que pareça, sou a mais equilibrada, a mais madura, ou pelo menos tento transmitir isso pra minha família. Mas o lado sombra disso é que eu não demonstro minhas emoções e sentimentos pra ninguém, criei meu mundo, onde não deixo ninguém entrar, são raras as pessoas que conhecem meu mundo. Talvez seja essa a explicação pra eu não ter tido até hoje nenhum relacionamento muito sério com ninguém, sou neuroticamente individualista, não tenho o padrão normal de romantismo para uma mulher, sou cheia de suposições e vírgulas, minha mãe diz que desde nova sou velha. Nunca parei pra pensar nisso com clareza, já que isso sempre foi normal pra mim, mas acho que de certa forma está me atrapalhando, principalmente no que diz respeito a relacionamentos, sempre que vou na casa das minhas tias elas me perguntam cadê meu namorado e eu falo ''ahh está aí em algum lugar desse universo''. Eu acho que por eu não ser, digamos, um modelo convencional de namoradinha, menininha da qual os homens almejam fico meio fora desse âmbito de namoro,o fato é que apesar da pouca idade já vive tanta coisa nessa vida que não tenho mais saco pra papo de botequim e pra quem não sabe o que quer, eu sou do tipo que prefiro ser amada ou odiada, não gosto do meio termo e acho que nunca fui amada ou odiada por homem nenhum,aliás por ninguém, pelo menos nunca senti isso por ninguém. Amor e ódio são sentimentos fortíssimos e antagônicos. Outro ponto é que também tenho medo de ser tocada lá no fundo, algumas vezes sou intensa demais e as pessoas se intimidam, a verdade é que estou cansada de demolir e construir castelos em cima do vazio, que enquanto não desmorona eu não percebo que sempre foi vazio e quando desmorona fico sem chão e o pior sem castelo pra me abrigar, talvez o que eu precise é que chegue alguém que acabe de vez com esse medo o problema é que paciência nunca foi meu forte e não tenho saco pra esperar por nada e principalmente por ninguém, então vou deixando várias pessoas pelo caminho. Várias pessoas que eu não tive paciência pra esperar que amadurecessem, como uma fruta mesmo, então vou deixando relacionamentos que demoraram a ficar sólidos, pessoas que demoraram e que talvez nunca cheguem, nunca me alcancem.
sábado, 2 de julho de 2011
São poucas as pessoas que conhecem meu lado meigo, sensível, estou sempre com uma armadura que impede que eu me machuque e que me faz parecer durona. Sempre tive que ser o elo forte da minha família, uma família conturbada e cheia de problemas. Minhas irmãs e minha mãe sempre se apoiavam em mim um pouco antes da queda. Então eu sempre tinha que demonstrar pra elas meu semblante mais confiável, mais forte e seguro possível. Logo eu, que sou caçula de duas irmãs e um irmão. Eu que por incrível que pareça, sou a mais equilibrada, a mais madura, ou pelo menos tento transmitir isso pra minha família. Mas o lado sombra disso é que eu não demonstro minhas emoções e sentimentos pra ninguém, criei meu mundo, onde não deixo ninguém entrar, são raras as pessoas que conhecem meu mundo. Talvez seja essa a explicação pra eu não ter tido até hoje nenhum relacionamento muito sério com ninguém, sou neuroticamente individualista, não tenho o padrão normal de romantismo para uma mulher, sou cheia de suposições e vírgulas, minha mãe diz que desde nova sou velha. Nunca parei pra pensar nisso com clareza, já que isso sempre foi normal pra mim, mas acho que de certa forma está me atrapalhando, principalmente no que diz respeito a relacionamentos, sempre que vou na casa das minhas tias elas me perguntam cadê meu namorado e eu falo ''ahh está aí em algum lugar desse universo''. Eu acho que por eu não ser, digamos, um modelo convencional de namoradinha, menininha da qual os homens almejam fico meio fora desse âmbito de namoro,o fato é que apesar da pouca idade já vive tanta coisa nessa vida que não tenho mais saco pra papo de botequim e pra quem não sabe o que quer, eu sou do tipo que prefiro ser amada ou odiada, não gosto do meio termo e acho que nunca fui amada ou odiada por homem nenhum,aliás por ninguém, pelo menos nunca senti isso por ninguém. Amor e ódio são sentimentos fortíssimos e antagônicos. Outro ponto é que também tenho medo de ser tocada lá no fundo, algumas vezes sou intensa demais e as pessoas se intimidam, a verdade é que estou cansada de demolir e construir castelos em cima do vazio, que enquanto não desmorona eu não percebo que sempre foi vazio e quando desmorona fico sem chão e o pior sem castelo pra me abrigar, talvez o que eu precise é que chegue alguém que acabe de vez com esse medo o problema é que paciência nunca foi meu forte e não tenho saco pra esperar por nada e principalmente por ninguém, então vou deixando várias pessoas pelo caminho. Várias pessoas que eu não tive paciência pra esperar que amadurecessem, como uma fruta mesmo, então vou deixando relacionamentos que demoraram a ficar sólidos, pessoas que demoraram e que talvez nunca cheguem, nunca me alcancem.
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