domingo, 25 de julho de 2010

Tem os amigos.




A vida te dá uma rasteira. Você cai, tropeça, o sonho borra a maquiagem, o coração se espalha. Você sente dor, perde o rumo, perde o senso e promete: Paixão nunca mais. Você sente que nunca irá amar alguém de novo, que amor é conversa de botequim, ilusão de sentido, que só funciona direito pra fazer música, poesia e roteiro de cinema. E você inventa um amor pra distrair, um amor pra ins-pirar, um amor pra trans-pirar. Uma paixão aqui, um quase amor ali. Ainda bem que existem os amigos, pra amar, abraçar, sorrir, cantar, escrever em recibos e tirar fotos bonitas. E a vida segue. Sua imaginação te preenche, e seus amigos te dão colo, vodka e dias incríveis!!!!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Cansei de gritar e resolvi latir.




  Como é horrível ser um animal. Um animal menininha. Usar vestidos, fazer as unhas, pintar os lábios,andar pisando de leve. Por dentro, esse animal com fome, desesperado, selvagem, irracional.
   Que bom dia que nada,cara. Que boa noite, que muito obrigada. Por que você não vem me amansar?Rasga o vestido da menininha,rasga.
    Mata essa fome que eu estou de engolir seu ego, de te deixar perdido, de acabar com essa sua banca, essa sua distância.
    Que se dane o esmalte falso das minhas unhas, eu que já guardei restos de células mortas da sua pele. Tira essa cor inventada da minha boca, esse tom estúpido de flor artificial. Faça ela ficar cheia de sangue vivo, entreaberta entre um grito e um sorriso.Tira esse meu andar leve e ereto, me entorta, me coloca do jeito que você gosta.
    Que bom dia que nada, eu vou latir no seu ouvindo se você achar que tem o poder de me magoar. Pra que ferir meu coração se você pode ferir meu útero?Pra que dominar minha cabeça se você pode dominar o mundo pequeno e errado que eu inventei?
    Eu que me faço de bem resolvida,por dentro são palpitações, são vozes de incentivo ao ataque, é calcinha de moça marcada por tanto desejo. Eu que um dia vou ter que ser mãe, que um dia vou ter que aprender a escrever. Eu que preciso ser levada a sério, preciso perceber que sou sozinha, preciso cuidar de mim. Eu que agora me atraso mais um pouco, sendo apenas instintiva.
    Olhando você e só querendo correr de quatro até sua canela e morder toda a lógica dessa frieza. Querendo te enfiar dentro de mim pra preencher o vazio de ser incompleta. Pra sempre a vida me deve e eu devo tanto a ela.
    Querendo calar as batidas do meu coração ansioso com o nosso atrito desesperado por minutos de paz.
    Para sempre o silêncio,de quem não pode pedir,mas morre de desejo,de quem acaba de conseguir,mas morre de culpa.
    Olhe pra mim,me dá ração que eu estou morrendo. Olhe para mim, me deseje de novo porque eu estou murchando. Ou apenas venha me distrair, apenas esqueça todos esses poemas falsos.
    Esqueça todas essas justificativas sofridas por uma simples vontade de deitar com você de novo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pura verdade.




''A gente nem sempre encontra quem mereça as nossas palavras,não admira que custe a encontrar quem mereça o nosso corpo...''